terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Borracha de cana de açucar.

Etanol, açucar, cachaça, plástico e agora borracha, com o tempo os engenheiros quimícos estão dando mais utilidades para o que 100 atrás era usado apenas para açucar e cachaça. A cana de açucar está na história do Brasil, e nos últimos anos tem atraido a atenção do mundo todo devido as normas de poluição e o etanol ser um cobustível de energia renovável.
O subproduto da vez é a borracha feito de cana, a novidade foi anunciada pela empresa alema Lanxess que começa a fabricar no Rio Grande do Sul uma borracha com base em um derivado da cana-de-açúcar, descrito quimicamente como monômero de etileno propileno dieno (EPDM, na sigla em inglês), até agora derivada do petróleo. Neste caso, no entanto, a empresa vai utilizar o etileno obtido pela desidratação do etanol. Essa borracha é usada principalmente em mangueiras de motores e para vedar portas, porta-malas e limpadores de para-brisa de automóveis. Poderá também contribuir para a construção civil em fios elétricos e outros itens de borracha que precisem ficar expostos ao calor e às intempéries.
A iniciativa da empresa visa à diminuição de emissão de dióxido de carbono para a atmosfera em relação à borracha feita a partir do petróleo, tornando a fabricação do produto menos problemática do ponto de vista ambiental. O fornecimento do bioetileno será da Braskem empresa brasileira que desenvolveu tecnologia para produção de insumos para a indústria de polímeros e plásticos baseados no etanol.
Mas a Michelin e a Amyris querem ir além e acabaram de formalizar um acordo de colaboração para o desenvolvimento e a comercialização do isopreno – um dos principais componentes químicos em pneus e outros produtos que utilizam borrachas naturais e sintéticas. Com a parceria, as duas empresas compartilharão os custos e os recursos técnicos para desenvolver a tecnologia necessária para a produção do isopreno a partir de matérias primas renováveis. Hoje, o componente é derivado do petróleo.

A expectativa é que a comercialização deste componente para uso em pneus e outras aplicações como em adesivos, revestimentos e selantes seja iniciada em 2015.
Agora falta o Brasil aprender com seus erros e não deixar essa inovação espacar pelas mãos como aconteceu com o ciclo da borracha no começo do século 19 quando a Ford fez a FordLandia na floresta amazônica para extrair mais borracha, mas vieram pesquisadores ingleses e levaram as mudas das plantas para Tailândia e em questão de 10 a 15 anos a Tailândia passou a produzir mais borracha que o Brasil e fez cancelar a Fordlandia e acabar com os baroes da borracha, ou seja, talvez a nova seringueira seja a cana e é bom o Brasil aumentar seu investimento pois se não outros países o farão.

Fonte: Revista O Carreteiro

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